Vivemos diariamente na correria, na era do trabalho. Quando chegamos em casa, queremos descansar e desfrutar de um tempo só nosso em um espaço confortável e harmonioso.

Pensando nisso, o conceito de slow design está se fortalecendo cada vez mais. Ele surgiu junto com o slow food – uma contraposição ao fast food – na década de 1980, na Itália, e é a denominação dada aos produtos que são fabricados de forma mais manual e artesanal.

Esse conceito também é utilizado na arquitetura. Os profissionais adeptos buscam criar espaços para que as pessoas tenham momentos mindfulness, ou seja, realmente estejam presentes ali, aproveitando o conforto e tendo o bem-estar merecido. 

Quem investe nisso é a arquiteta Caroline Gallardo. “A questão não é só olhar para um objeto bonito e decorar o espaço. Mas, sim, fazer com que a arquitetura do espaço gere um bem-estar compondo com esses objetos”, explica. De acordo com ela, uma das prioridades do slow design é o conforto.

“Quando estamos confortáveis ou em ambientes que nos gerem bem-estar, a concentração no trabalho melhora, você reclama menos, as recordações desse espaço são boas, e a vida fica mais gostosa”, ressalta Caroline.

Os produtos com conceito de slow design ainda são difíceis de serem encontrados e têm custo alto. Por isso, os profissionais de arquitetura optam por outros produtos e investem no planejamento para deixar o ambiente com esse conceito. 

“É possível fazer um jardim dentro de casa, janelas maiores, usar materiais como pedras, madeira e usar poucos móveis. Pode-se trabalhar a iluminação e acústica para propiciar melhor qualidade no sono”, detalha a arquiteta. 

Assim, o slow design é muito mais do que dispor objetos em um ambiente: é arquitetura emocional.

“Sempre acreditei que a arquitetura é muito mais do que estética. Se as pessoas enxergassem isso dariam muito mais valor aos espaços. Desde os locais particulares aos públicos. Percebo que antigamente as casas tinham mais jardins, os materiais eram pedras, as janelas dos prédios eram maiores. Hoje quase não se vê isso. Então comecei a estudar o que tudo isso poderia afetar na qualidade de vida das pessoas”, conta a arquiteta sobre seu interesse sobre o tema.

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