Você já ouviu falar de retrofit? O termo nasceu na Europa e, na prática, significa revitalizar edifícios e outras construções conferindo designs interessantes. Esse tipo de obra ocorre quando não é permitida a demolição da construção, seja pela importância histórica ou afetiva, ou ainda pela disposição financeira do cliente.
A arquiteta Renata Lima explica que retrofit é diferente de reforma.
“Opta-se pela reforma quando há a necessidade de realizar melhorias no local, sem o compromisso de manter as características anteriores. Já o retrofit é usado nos casos em que se deve preservar os aspectos originais do ambiente, porém ajustá-lo a uma nova identidade”, diz.
Apesar de o conceito ter surgido na Europa, o retrofit se expandiu para o mundo, inclusive em inúmeras situações e formatos, como de casas. “Tudo isso, não só plasticamente, mas todas as instalações elétricas e hidráulicas, reforços estruturais, modernizações de equipamentos de climatização, ar condicionado e acabamentos”, detalha a arquiteta.
A principal vantagem do retrofit é aproveitar a estrutura já existente. Renata ressalta que para esse tipo de projeto é preciso contar com uma mão de obra qualificada por ser algo delicado.
Atualmente, a arquiteta está começando a executar um projeto retrofit em São Paulo. Veja as fotos abaixo.
“A proprietária iniciou uma obra sem qualquer indicação profissional e, inevitavelmente, esse tipo de situação te deixa refém de uma obra que nunca acaba. Acontece que ela não queria se desfazer do que já tinha construído e pediu para que fosse aproveitado a estrutura existente, melhorando a plástica do imóvel. Então eu apostei em aberturas mais generosas e elementos que trouxessem mais movimento para a fachada que estava completamente dura e sem identidade. Além disso, usei materiais mais modernos, como a madeira plástica, que contribui para dar um ar mais contemporâneo na fachada e é extremamente durável”, detalha Renata.
A arquiteta conta que atualmente há uma demanda vasta para o retrofit. “Em São Paulo, por exemplo, já temos mais de 15 mil edifícios com mais de 30 anos, e alguns deles tombados, ou seja, é uma grande janela na área. Além disso, algumas intervenções menores e de proprietários com menos disposição financeira sempre estão a tona, ou seja, a colocação de uma varanda metálica ou a melhoria de uma escadaria ou um sistema de elevadores”, cita.
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