Inspirada na arquitetura árabe, casa tem interior voltado para a área de lazer

Uma casa voltada para a área de lazer. Esse é o desejo de um jovem casal de Rolândia (a 96 quilômetros de Maringá) para a concepção de seu novo lar. 

Pensando nisso, as arquitetas Adriana Oliveira e Rafaella Lanfranchi, do Studio AR8, desenharam o projeto arquitetônico de um modo que os cômodos estivessem direcionados para a piscina.

Desta forma, o espaço da churrasqueira, cozinha e as salas de estar e de TV – estas duas últimas integradas – foram projetadas com esse intuito. Além disso, o corredor que leva até os quartos também proporciona a visão para a parte externa por meio do muxarabi.

Clássico da arquitetura árabe, o muxarabi é uma estrutura em forma de treliça, feito de madeira, que permite visão do lado externo por quem está dentro, só que impede o contrário, preservando a intimidade dos moradores. Na cultura árabe, é usado para proteger as mulheres de olhares masculinos. 

O muxarabi, destacam as arquitetas, além de ter uma bela estrutura, proporciona uma linda visão quando a luz do sol incide sobre ele. A estrutura também contém a luz solar por conta de seu posicionamento.

“O indivíduo é muito importante, assim como as sensações que ele vai ter ao utilizar a casa. Por isso a gente pensa muito nisso na hora de projetar. Tudo baseado no briefing que fazemos com o cliente, entendendo as necessidades de cada um”, explica Rafaella.

“Gostamos muito de utilizar materiais atemporais. A madeira, por exemplo, sabemos que com o tempo não vai ser algo que será considerado antigo, do século passado. Por isso optamos por materiais com jogos de textura, de cimento, de madeira. Nossos projetos são carregados por jogos de volumetria, de iluminação. Ora tem um pergolado, uma luz diferente, para a pessoa ir descobrindo o ambiente”, detalha Adriana.

Uma peculiaridade do imóvel é que ele não tem muro ou portão ao redor, fica diretamente na rua. Por isso, uma das preocupações dos moradores era com a privacidade da família. 

A estratégia das arquitetas foi projetar uma fachada cega, sem janelas e de forma que quem está na rua não consegue visualizar a parte interna do imóvel. 

O projeto está na fase da parte elétrica e luminotécnico e em breve deve começar a obra. O próximo passo é trabalhar no interior da casa, pensando na composição dos móveis.

“A gente acredita que o de dentro para fora fica um projeto muito mais rico. Pensamos nos mínimos detalhes, desde o hábito do cliente chegar e deixar uma chave ou como ele vai receber as pessoas”, finaliza Rafaella. 

Acompanhe o trabalho das arquitetas pelo Instagram do Studio AR8.