O design de interiores atual é se dá no debate sobre as linhas retas, orgânicas e assimétricas, tudo se misturando e dialogando, fazendo sentido dentro da reflexão de quem produz o design.
Devido a isso, questões novas sempre surgem. O que define um novo estilo? Qual é a nova tendência? Cada vez mais o design dos móveis e dos objetos de decoração estão livres, deixando essas indagações à serem respondidas pelos designers e quem está em busca de objetos para decorar seu ambiente.
As novas peças de design são feitas a partir da inspiração dos designers e condicionadas por seus métodos de trabalho. Há quem use os elementos da natureza, da música, da arte ou até das memórias afetivas que tem para se inspirar. Isso vai levar o design a ter linhas mais orgânicas, retilíneas ou assimétricas. Tudo é fruto de uma reflexão, seja sobre uma determinada época ou sobre a sociedade em que se vive.
Um dos problemas que os designers ainda enfrentam é a dificuldade em se produzir objetos mais orgânicos em escala industrial. Há quem diga que a tecnologia irá tornar esse problema coisa do passado, uma vez que ela já permite trabalhos mais detalhados, curvilíneos e arredondados, como pede o orgânico. Entretanto, enquanto isso, ainda temos uma presença muito forte das linhas retas.
O desafio então é entender como trazer estes elementos para a vida das pessoas. A aposta é tornar estes novos objetos atemporais, fazendo com que cada indivíduo possa construir seu espaço de acordo com o que lhe agrada mais. Em um tempo onde cada vez mais nosso cotidiano é impessoal, a decoração de seu espaço pessoal pode ser uma tentativa de lembrar de si mesmo, resgatando um pouco de individualidade. Podemos afirmar, então, que o futuro do design e da decoração de interiores reside em peças que possam ser utilizados ecleticamente, deixando de lado o debate entre linhas retas ou orgânicas e trazendo para a discussão peças com propostas que vão além de ser apenas objetos inanimados, o que é o desejo de todo designer.