A simplicidade e o aconchego do Urucum Eco Cuisine

Natureza e simplicidade. Você entra e a sensação de aconchego te abraça. Esse é o Urucum Eco Cuisine, restaurante localizado no Jardim São Silvestre, em Maringá. O projeto arquitetônico foi desenvolvido pelas arquitetas Carla Garcia e Fabia Rosas, da Fábrica Projetos.

Inaugurado recentemente, o restaurante foi desenhado com uma estrutura simples, mas com muito aconchego. O conceito roots, ou seja, de raíz, de investir no que é autêntico, foi bastante explorado: seja por meio dos tijolos na parede e no piso, da madeira nas mesas e também da natureza.

O projeto contempla dois blocos: o salão e o de apoio, este último composto pela cozinha, depósito e banheiros.

“Os materiais utilizados têm essa ideia do aconchego. Então tentamos potencializar ao máximo a expressividade dos materiais. Um exemplo é o piso de tijolo que se estende pelas superfícies. Está no piso e na parede, traz a sensação de acolhimento e parece fazer parte do ambiente, está em harmonia com a natureza, além de ser autêntico ”, explica Carla. 

Ela descreve que todo o projeto foi pensado para se relacionar com o conceito de eco cuisine que o restaurante tem, ou seja, o fato de utilizar ingredientes naturais e produtos que tenham produção sustentável. O projeto arquitetônico reflete tudo isso por meio dos materiais utilizados: o tijolo, a estrutura de madeira, o gramado, entre outros detalhes.

“É um lugar que o cliente se sente à vontade o tempo todo. Ele não tem elementos que induzem ao comportamento formal. Pelo contrário, traz simplicidade, conforto, aconchego. A ideia é relaxar, entrar em contato com a natureza”, diz Carla.

No projeto de interiores, o conceito foi mantido. As mesas foram desenhadas pelas próprias arquitetas. Ela é composta por MDF, mas o que a torna única é o compensado naval inserido na borda. O elemento trouxe leveza para a peça e também conforto por ter uma estrutura palpável agradável.

Outro destaque do projeto são as esquadrias que separam o salão do bloco de apoio. “São de ferro e têm ritmo. Foram usadas para fechar o  salão com vidro para climatizá-lo. Também foram usadas para fazer uma prateleira e armazenar as bebidas do bar”, conta.

“A gente escolheu o compensado naval porque ali é a madeira de verdade,  que ainda resguarda a cor e textura. É tudo muito simples, então esse nicho deu uma outra percepção para a composição”, ressalta.

Quem vê as fotos do local também tem o olhar voltado para a decoração, principalmente para os quadros. Segundo Carla, como a ideia era ter um local autêntico, foi sugerido que os donos utilizassem o acervo pessoal que tinham. Desta forma, as obras trouxeram ‘alma’ para o ambiente e mostram um pouco da identidade pessoal deles.

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